Aliada de Trump acusada de adulteração de máquinas de voto no Michigan
Uma advogada associada aos esforços para reverter o resultado das presidenciais norte-americanos de 2020, a favor do ex-presidente Donald Trump, foi acusada de acesso e adulteração de máquinas de voto no Michigan, de acordo com registos judiciais.
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Mundo EUA
O processo neste Estado norte-americano continua a crescer com a acusação a Stefanie Lambert, após Matthew DePerno, um advogado republicano que foi endossado por Trump numa candidatura malsucedida para procurador-geral de Michigan no ano passado, e Daire Rendon, ex-congressista estadual republicano, também terem sido acusados no mesmo caso.
Lambert, DePerno e Rendon foram apontados pelo gabinete da procuradora-geral Dana Nessel em 2022 como tendo "orquestrado um plano coordenado para obter acesso a máquinas de voto", noticiou a agência Associated Press (AP).
Michigan é um dos pelo menos três estados em que os procuradores referem que foram violados sistemas eleitorais enquanto apoiavam e espalhavam as alegações, nunca comprovadas, de Trump de que as eleições de 2020 foram roubadas.
Os investigadores referem que cinco máquinas de voto foram retiradas ilegalmente de três municípios e levados para um quarto de hotel, de acordo com documentos divulgados no ano passado pelo gabinete de Nessel.
Lambert, que é acusada de posse indevida de uma máquina de voto e conspiração, de acordo com registos do tribunal, não reagiu de imediato à acusação.
O crime de roubo de uma máquina sem ordem judicial ou permissão direta do gabinete do secretário de Estado é punível com até cinco anos de prisão.
Um procurador especial, D.J. Hilson, estava a rever a investigação e a ponderar as acusações desde setembro.
Hilson convocou um grande júri em março para determinar se as acusações criminais deviam ser emitidas, de acordo com documentos do tribunal.
No total, nove indivíduos, incluindo Lambert, DePerno e Rendon, foram indiciados pelo gabinete de Nessel como envolvidos no esquema.
Questionado sobre se continua a decorrer uma investigação mais ampla, D.J. Hilson referiu na terça-feira, através de um 'e-mail', que "ainda há mais por ser divulgado não relacionado com os indivíduos atualmente acusados".
Trump, favorito na indicação republicana para as presidenciais de 2024, foi acusado esta terça-feira de conspiração para tentar alterar os resultados eleitorais de 2020, após a sua derrota para Biden.
A acusação de 45 páginas refere um "plano criminoso" e acusa Trump de ter minado os alicerces da democracia norte-americana, ao tentar alterar o processo de contagem dos votos de mais de 150 milhões de eleitores.
O magnata republicano deverá comparecer hoje num tribunal federal, em Washington às 16h00 locais (21h00 hora de Portugal Continental) perante o juiz Moxila Upadhyaya do tribunal do Distrito de Columbia, para a leitura das acusações.
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