UE reafirma apoio à Geórgia 15 anos após guerra com a Rússia

A União Europeia (UE) reafirmou hoje o seu apoio à independência e integridade territorial da Geórgia, 15 anos após a guerra com a Rússia, em 2008, que mantém presença militar nas regiões da Abkházia e Ossétia do Sul.

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Lusa
07/08/2023 15:47 ‧ 07/08/2023 por Lusa

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Geórgia

"Hoje cumprem-se 15 anos desde a guerra entre a Rússia e a Geórgia. O compromisso a UE com a resolução pacífica do conflito na Geórgia permanece forte como sempre", indicou a diplomacia europeia em comunicado.

A UE manifesta o seu compromisso em prosseguir os esforços de estabilização e resolução do conflito e reitera o seu firme apoio à independência, soberania e integridade territorial da Geórgia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas".

Bruxelas também condena a presença militar russa nas duas regiões separatistas, insistindo que implicam uma violação do direito internacional e os compromissos de Moscovo no acordo que pôs termo ao conflito em agosto de 2008, com mediação da UE.

"As comunidades locais continuam a registar problemas humanitários e violações dos direitos humanos, como as restrições à liberdade de circulação e detenções ilegais. Persistem os obstáculos para que os deslocados internos e os refugiados regressem aos seus locais de origem", assinala a diplomacia europeia.

O comunicado apela para uma solução sustentada para as comunidades deslocadas e para a participação construtiva de todas as partes nas discussões destinadas a aplicar o acordo de agosto de 2008.

Num texto nas redes sociais, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sustenta que, passados 15 anos da invasão russa, "o apoio da UE à integridade territorial e à soberania da Geórgia permanece firme".

"Estamos com o valente povo da Geórgia, que escolheu um caminho favorável à UE e à NATO", indicou.

A guerra russo-georgiana opôs em agosto de 2008 a Geórgia à sua província separatista da Ossétia do Sul e à Rússia, e alastrou à Abkházia, outra província separatista georgiana.

Este segundo conflito foi desencadeado após o então Presidente da Geórgia, Mikheil Saakachvili, ordenar um assalto do exército georgiano à região separatista e que provocou pelo menos 12 mortos entre as forças de manutenção da paz da Comunidade e Estados Independentes (CEI) -- uma organização intergovernamental que integra nove das 15 ex-repúblicas soviéticas com predomínio russo -- e cerca de 1.600 vítimas civis.

A Rússia, então com Dmitri Medvedev na presidência, interveio militarmente sob o pretexto de proteger a população osseta, a maioria com passaporte russo, e promoveu um avanço rápido e decisivo que implicou novas deslocações de populações.

Em 16 de agosto foi assinado um cessar-fogo sem resolução o conflito, e dez dias depois a Rússia decide reconhecer oficialmente as autoproclamadas independências da Ossétia do Sul e da Abkházia.

Leia Também: Conselho da Europa e EUA assinalam 15 anos da guerra russo-georgiana

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