"Ontem [segunda-feira] à noite, a equipa do GeoBarents resgatou 47 pessoas que se encontravam a bordo de um barco de ferro inseguro na região de Malta. O grupo informou que três pessoas tinham caído ao mar. Após mais de três horas de buscas, duas das três pessoas foram encontradas, enquanto uma continua desaparecida", informou a organização não-governamental (ONG).
Os sobreviventes, que tinham partido da cidade tunisina de Sfax, "estão atualmente a bordo em estado de choque e em condições desesperadas, depois de terem passado por acontecimentos angustiantes e de terem ficado presos no mar durante seis dias", segundo os MSF.
A ONG explicou, nas suas contas nas redes sociais, que os migrantes "estão a receber cuidados médicos e psicológicos a bordo".
The 49 survivors currently on board are in a state of shock and dire condition, having endured harrowing events and being stranded at sea for six days.
— MSF Sea (@MSF_Sea) August 8, 2023
They are currently receiving medical and psychological care on board the #GeoBarents. pic.twitter.com/KaAd8fZIon
Os MSF, que agradeceram à ONG Sea Watch pelo apoio aéreo no resgate, assinalaram que "as pessoas continuarão a fugir de conflitos, perseguições, pobreza e tortura nos seus países de origem".
"A única forma de travar esta tragédia é criar formas seguras e legais de as fazer chegar à Europa. Ninguém deve morrer no mar", sublinhou.
Vários naufrágios causaram a morte a dezenas de pessoas nos últimos dias no Mediterrâneo, onde se sucedem as travessias de migrantes para a Europa e os numerosos desembarques na ilha de Lampedusa, o território italiano mais próximo de África, onde um centro de acolhimento com capacidade para 300 pessoas está lotado com cerca de 2.500 pessoas.
De acordo com os últimos dados do Ministério do Interior italiano, mais de 92 mil migrantes desembarcaram nas costas italianas este ano, mais do dobro dos 45 mil registados no mesmo período do ano passado.
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