Imagens transmitidas pela CCTV mostram pessoas a serem arrastadas pela corrente, enquanto lutam para manterem a cabeça à tona da água.
Em Pequim, o número de mortes causadas por inundações subiu para 33, incluindo cinco membros de equipas de resgate. Outras 18 pessoas continuam desaparecidas, numa altura em que grande parte do norte do país está sob a ameaça de chuvas excecionalmente fortes.
Dias de chuva torrencial atingiram áreas montanhosas nos arredores da capital da China, causando o desabamento de 59.000 casas e a inundação de mais de 15.000 hectares de terras agrícolas, de acordo com o governo local.
Dezenas de estradas e mais de 100 pontes ficaram danificadas, disse hoje Xia Linmao, vice-prefeito de Pequim, em conferência de imprensa.
Outras partes da China também sofreram fortes inundações, em parte devido ao impacto do tufão Doksuri.
A província de Hebei, no norte da China, sofreu algumas das piores inundações da região.
As enchentes na cidade de Zhuozhou começaram a diminuir no sábado, permitindo que alguns dos 125.000 moradores retirados voltassem a suas casas.
Outras áreas no país estão a sofrer com ondas de calor extremo e seca, ameaçando a saúde dos moradores e a colheita do outono. Fortes chuvas atingiram o norte da China desde o final de julho, prejudicando a vida de milhões de pessoas.
Seis pessoas morreram e quatro desapareceram na cidade de Shulan, na província de Jilin, no nordeste do país, que sofreu cinco dias consecutivos de chuvas, transformando ruas em rios. A província de Heilongjiang também viu rios transbordarem.
As inundações mais mortais e destrutivas na história recente da China ocorreram em 1998, quando 4.150 pessoas morreram, a maioria delas ao longo do rio Yangtsé.
Em 2021, mais de 300 pessoas morreram na província central de Henan. Chuvas recordes inundaram a capital provincial de Zhengzhou em 20 de julho daquele ano, transformando ruas em rios caudalosos e inundando pelo menos parte do sistema de metro.
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