Moscovo tinha notificado a Bulgária em 27 de julho sobre o estabelecimento de uma zona de alerta temporário no mar Negro devido a fogo de artilharia e de mísseis, que deveria ter terminado na segunda-feira mas que agora foi prolongado por 12 dias.
De acordo com o Ministério da Defesa búlgaro, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, não há motivo para preocupação, uma vez que estas manobras são efetuadas longe das águas territoriais búlgaras.
Mas, segundo frisou a mesma fonte, as manobras em questão não são consideradas boas práticas, "apesar de não violarem as normas internacionais".
Em 27 de julho, a NATO condenou o comportamento "perigoso" da Rússia no mar Negro e denunciou as tentativas russas de bloquear as exportações de cereais da Ucrânia.
"A área de advertência dentro da zona económica exclusiva da Bulgária implicou novos riscos de erro de cálculo e escalada, assim como sérios impedimentos à liberdade de navegação", declarou na ocasião a aliança militar ocidental, acrescentando que os aliados "prosseguem as suas atividades regulares de vigilância reforçada na zona de responsabilidade da NATO".
A notificação russa implica de facto um bloqueio naval sobre três quartos da zona económica exclusiva, que segundo o direito internacional se estende até 200 milhas desde onde terminam as águas territoriais.
"A Rússia tem por objetivo bloquear a livre circulação no mar Negro, algo que está regulado pelos tratados internacionais que a Rússia não respeita", considerou hoje o ministro da Defesa búlgaro, Todor Tagarev, em entrevista à edição búlgara do canal noticioso Euronews.
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