O mais recente pacote de ajuda militar incluirá mísseis para os Sistemas de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars) e o sistema de defesa aérea Patriot, bem como munições para obuses e tanques, 'rockets' Javelin, equipamento de remoção de minas, 12 milhões de cartuchos de munição para armas pequenas e munições de demolição, referiu um responsável dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato à agência Associated Press (AP).
Espera-se que o governo liderado por Joe Biden solicite ao Congresso o novo pacote de ajuda suplementar para manter o apoio a Kiev.
A Ucrânia já recebeu mais de 43.000 milhões dos EUA desde que a Rússia invadiu o país no ano passado.
Estes fundos permitiram fornecer sistemas de armas e milhões de cartuchos de munições para lutar contra os militares russos.
O governo Biden está a financiar o esforço de guerra da Ucrânia através de dois programas, um que extrai armas das reservas existentes dos EUA, enquanto o outro, a Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês), financia contratos de longo prazo para sistemas de armas maiores, como tanques que precisam de ser construídos ou modificados por empresas de defesa.
Ambos os financiamentos estão garantidos até ao final do ano fiscal, em 30 de setembro.
"Estamos confiantes de que podemos continuar a fornecer à Ucrânia o que necessita no campo de batalha", garantiu, esta terça-feira, a vice-porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh.
As forças ucranianas reivindicaram quarta-feira ter atingido a primeira linha defensiva da Rússia na frente sul, no âmbito da contraofensiva que procura chegar ao litoral e isolar a península da Crimeia ocupada por Moscovo.
O subcomandante das forças ucranianas no sul do país, Serguí Kuzmin, destacou que as suas tropas avançaram várias centenas de metros perto da estratégica aldeia de Robotyne, no coração da região de Zaporijia.
"Chegamos à linha de frente dos ocupantes. A linha de frente é muito difícil, mas os nossos soldados estão a avançar", garantiu, de acordo com o diário Ukrainska Pravda, citado pela agência de notícias Efe.
Kuzmin sublinhou que estas operações têm como alvo a cidade de Melitopol, cuja captura abriria caminho para os ucranianos atingirem o mar de Azov
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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