Segundo a agência de notícias espanhola Efe, que cita autoridades locais, o grupo agiu como retaliação pela captura de um dos seus líderes, tendo invadido uma missão católica na cidade de Ipongi, no território de Popokabaka.
"Os milicianos do Mobondo queimaram casas antes de matar dez pessoas, enquanto outras estavam amarradas, por isso não sabemos se as levaram quando fugiram ou se as queimaram", disse o porta-voz do governo da província de Kwango, Adelard Nkisi, citado pela Efe.
O responsável explicou ainda que o grupo está a "tentar organizar-se rapidamente para recuperar o seu coronel, mas infelizmente não vai conseguir", pois já foi transferido para a cidade de Kenge, onde será julgado.
No terreno, a calma regressou após o ataque, mas continua em vigor um recolher obrigatório no Kwango entre as 22h00 e as 6h00 horas locais (21h00 e as 5h00 horas GMT) devido à insegurança.
Os confrontos estenderam-se à zona conhecida como "Grande Bandundu", que inclui as províncias congolesas de Mai-Ndombe, Kwango e Kwilu.
O conflito entre as duas fações teve início após o aumento de um imposto consuetudinário que os agricultores Teke e Yaka da região têm de pagar aos chefes tradicionais Teke, proprietários das terras, para poderem utilizá-las.
De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), no final de março, os confrontos intercomunitários mataram pelo menos 300 pessoas, enquanto centenas de casas, escolas e centros de saúde foram destruídos, saqueados e queimados.
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