A polícia de Singapura revelou que as detenções aconteceram na terça-feira, numa operação policial que envolveu mais de 400 agentes, que efetuaram rusgas simultâneas em várias partes da ilha, incluindo bangalôs de luxo.
De acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira à noite, os dez detidos, entre os 31 e os 44 anos, são todos de nacionalidade estrangeira, provenientes da China, Camboja, Vanuatu, Turquia e Chipre.
A polícia sublinhou que alguns dos suspeitos tentaram resistir, sendo que um cipriota saltou da janela do seu quarto, num segundo andar, quando a polícia lhe pediu para abrir a porta, e foi encontrado escondido num esgoto.
As forças de segurança apreenderam casas, 50 automóveis, incluindo modelos topo de gama, dinheiro, 250 bolsas de luxo e 270 joias e encontraram ainda passaportes falsos da China, Camboja e República Dominicana.
A polícia acredita que os dez suspeitos fazem parte de um grupo que tentava branquear em Singapura o dinheiro obtido por meio de operações ilegais, como jogos de fortuna e azar e fraudes realizadas através da Internet.
Os detidos podem enfrentar acusações de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, crimes puníveis em Singapura com as penas máximas de dez anos de prisão.
"Temos tolerância zero para o uso de Singapura como um espaço onde os criminosos e suas famílias se podem esconder, bem como abusar dos seus bancos", disse o diretor do departamento para assuntos comerciais da polícia, David Chew.
A cidade-estado asiática, um centro financeiro regional, é frequentemente acusada por organizações não governamentais (ONG) de servir de plataforma para negócios ilícitos, em parte graças ao sigilo do seu sistema financeiro.
Singapura é o quinto país do mundo com maior nível de sigilo bancário, segundo a ONG Tax Justice Network.
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