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Feridas de ataque à missão da ONU no Iraque lembradas no 20.º aniversário

As Nações Unidas e o Iraque assinalaram hoje os 20 anos do ataque às instalações da ONU em Bagdade, tendo sido destacadas as "feridas" profundas criadas na altura, mas também os progressos na estabilidade do país.

Feridas de ataque à missão da ONU no Iraque lembradas no 20.º aniversário
Notícias ao Minuto

16:54 - 19/08/23 por Lusa

Mundo Bagdade

A responsável da Missão de Assistência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, disse, na cerimónia, que as "feridas criadas pelo ataque de 2003 - e a violência que se seguiu - são profundas" e "podem nunca cicatrizar completamente".

No entanto, apontou os recentes progressos na estabilidade do Iraque e as tentativas do atual governo de melhorar os serviços sociais.

Os últimos 20 anos foram "uma estrada muito difícil", disse, acrescentando que, apesar disso, "ao longo desses anos, as Nações Unidas não desistiram dos seus esforços para contribuir para a paz e a estabilidade no Iraque".

Também presente na cerimónia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Fouad Hussein, considerou o ataque "um dos incidentes mais trágicos da história do Iraque" e afirmou o compromisso do país no combate ao terrorismo.

O ataque de 19 de agosto de 2003 ao Canal Hotel em Bagdade, que na altura era a sede da ONU no Iraque, matou 22 funcionários da organização, incluindo o seu líder, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

Este foi o ataque mais mortífero contra funcionários da ONU na história da organização. Ocorreu logo após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos, que derrubou o ditador Saddam Hussein, mas desencadeou uma insurgência e anos de brutal guerra civil no país.

Em 2008, a ONU instituiu o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, assinalado em 19 de agosto.

Leia Também: Guerras já mataram desde o início do ano 62 trabalhadores humanitários

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