Kishida chegou à central nuclear pouco depois das 11h00 (03h00 em Lisboa) para verificar em primeira mão o estado dos preparativos para a descarga, que irá prolongar-se durante as próximas décadas.
Durante a visita no domingo, o chefe de Governo viu instalações de filtragem e diluição de águas residuais e encontrou-se com dirigentes da operadora da central, a Tokyo Electric Power Co (TEPCO), avançou o canal público de televisão NHK.
Kishida instou os dirigentes a dar prioridade a segurança e ajudar a evitar danos à reputação do pescado japonês, informou a agência de notícias Kyodo.
Após a visita, Kishida disse aos jornalistas que esperava reunir-se com o chefe da organização nacional de pesca na segunda-feira.
O primeiro-ministro confirmou que a data concreta para o início da descarga de água, que pode acontecer no final do verão, deverá sair de uma reunião, agendada para terça-feira, com os ministros envolvidos na gestão do desastre nuclear que atingiu Fukushima em 2011.
A central de Fukushima Daiichi deverá, no início de 2024, ficar sem espaço para armazenar cerca de 1,33 milhões de toneladas de água, proveniente de chuva, água subterrânea ou injeções necessárias para arrefecer os núcleos dos reatores nucleares que entraram em colapso devido a um sismo e tsunami em março de 2011.
Tanto o governo japonês como a TEPCO alertaram que a água deve ser removida, para evitar fugas acidentais dos tanques.
Apesar de ter sido aprovado pela Agência Internacional de Energia Atómica, o plano levantou preocupações nos países vizinhos, provocando protestos populares na Coreia do Sul e levando a China a proibir a importação de alguns alimentos de dez províncias do Japão.
No final de junho, o comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em Macau criticou o plano japonês, classificando-o de irresponsável e de violar o direito internacional.
O governo da Coreia do Sul tem realizado vários testes para demonstrar às pessoas que não há risco de contaminação ambiental ou de alimentos devido às descargas de Fukushima.
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