A fonte governamental, que participa nas negociações na capital económica sul-africana, avançou que os líderes do bloco acordaram na cimeira que decorre até quinta-feira convidar Irão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Argentina, este último por insistência do Brasil.
O convite do bloco, cujo crescimento económico é impulsionado principalmente pela China e Índia, deverá ser feito na quinta-feira, acreditando-se que faça também parte da declaração final de encerramento da 15.ª Cimeira dos BRICS, na capital sul-africana.
De acordo com a mesma fonte, o processo de adesão dos novos membros decorrerá durante o próximo ano.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje por videoconferência que a próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS será realizada em outubro de 2024, na cidade de Kazan, Rússia.
A chefe da diplomacia da África do Sul, Naledi Pandor, anunciou igualmente que o grupo de economias emergentes acordou a expansão do bloco e o formato para a adesão de novos membros, sem avançar detalhes.
Putin cancelou a sua deslocação à África do Sul por receio de ser detido na sequência do mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional por alegados crimes de guerra na Ucrânia.
Atualmente, os países BRICS representam mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e 18% do comércio global, sendo os maiores parceiros comerciais de África, segundo o Governo sul-africano.
O volume de transações comerciais nos países BRICS ascendeu a 162 mil milhões de dólares (7,8 milhões de dólares) no ano passado, e o investimento estrangeiro nos países BRICS quadruplicou, anunciou o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
A primeira Cimeira dos BRIC ocorreu em Yekateringburg, na Rússia, em junho de 2009, onde os líderes eleitos dos quatro países declararam formalmente a adesão ao bloco económico dos BRIC. A África do Sul foi convidada a ingressar no bloco em dezembro de 2010, resultando no BRICS.
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