"Um grande momento para a Etiópia, uma vez que os líderes do BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] aprovaram hoje a nossa entrada no grupo", sublinhou o o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, na rede social X (antigo Twitter).
"A Etiópia está pronta para cooperar com todos para uma ordem global próspera e inclusiva", acrescentou.
O país africano foi escolhido juntamente com a Argentina, a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e o Irão para se tornar "membro de pleno direito" dos BRICS a partir de 1 de janeiro de 2024.
"Como cinco membros dos BRICS, concordámos com os princípios orientadores, normas, critérios e procedimentos do processo de expansão" deste grupo de economias emergentes, anunciou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, o anfitrião da cimeira, no último dia da reunião.
Ramaphosa sublinhou ainda que houve um "consenso sobre a primeira fase deste processo de expansão", em declarações proferidas numa conferência de imprensa conjunta com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da China, Xi Jinping; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que representou Vladimir Putin em Joanesburgo.
Cerca de 40 países manifestaram o desejo de aderir ao grupo, de acordo com o Governo sul-africano, que detém este ano a presidência rotativa do bloco e recebeu as "manifestações formais de interesse" de 23 países, incluindo Argentina, Bolívia, Cuba, Honduras e Venezuela.
A China apoiou especialmente o alargamento dos BRICS, que procuram ganhar mais peso nas instituições internacionais até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa.
Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul aderiu em 2010, acrescentando a letra S ao acrónimo.
O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do produto interno bruto (PIB) global e 18% do comércio mundial.
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