Lula diz que novos membros como a Argentina atestam relevância dos BRICS

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje que a entrada de seis novos países no grupo BRICS, como a Argentina, a quem enviou uma "mensagem especial", atesta a relevância do bloco das economias emergentes.

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© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Lusa
24/08/2023 11:35 ‧ 24/08/2023 por Lusa

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"A relevância dos BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram na adesão ao agrupamento", afirmou Lula no encerramento da 15ª cimeira do grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que decorre hoje em Joanesburgo, África do Sul.

Lula afirmou que "é com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas aos BRICS à Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão", que passarão a integrar formalmente o grupo a partir de 01 de janeiro de 2024.

"Agora, o PIB do BRICS eleva-se para 36% do PIB [produto interno bruto] global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial", sublinhou.

Atualmente, o bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do PIB global e 18% do comércio mundial, sendo os maiores parceiros comerciais de África, segundo o Governo sul-africano.

Com a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irão, anunciada hoje, o bloco de economias emergentes passa também a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com a Rússia, China e Brasil. 

O líder sul-americano, ex-dirigente sindical tal como o seu anfitrião sul-africano Cyril Ramaphosa, avançou que o bloco "continuará aberto a novos candidatos" e, para tal, foram aprovados também "critérios e procedimentos para futuras adesões".

Na sua intervenção, o Presidente do Brasil declarou também que os BRICS aprovaram ainda a criação de um grupo de trabalho para estudar a adoção de uma "moeda de referência" do BRICS.

"Essa medida poderá aumentar as nossas opções de pagamento e reduzir as nossas vulnerabilidades", adiantou.

O chefe de Estado brasileiro destacou também a decisão relacionada com reforma da governança global, especialmente em relação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, concluindo com uma "mensagem especial" ao seu homólogo argentino.

"Por fim, dedico uma mensagem especial ao querido Alberto Fernández, Presidente da Argentina e grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento: continuaremos avançando lado a lado com os nossos irmãos argentinos em mais um fórum internacional", afirmou Lula da Silva.

No caso da Argentina, Lula destacou que "é muito importante que a Argentina esteja no BRICS".

O Brasil é o principal parceiro comercial da vizinha Argentina.

Cerca de 40 países manifestaram o desejo de aderir ao bloco, segundo o Governo sul-africano, que este ano ocupa a presidência rotativa dos BRICS.

O bloco recebeu "manifestações formais de interesse" de 23 países, incluindo também Bolívia, Cuba, Honduras, Venezuela e Indonésia, que terá solicitado "mais tempo" para considerar o convite de adesão ao grupo, segundo fonte governamental nas negociações.

A China apoiou especialmente a expansão dos BRICS, que procuram obter maior protagonismo nas instituições internacionais, até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa.

Brasil, Índia e África do Sul estiveram representados pelos respetivos chefes de Estado e de Governo na cimeira dos BRICS, que decorreu entre terça-feira e hoje.

Leia Também: Etiópia saúda como "grande momento" a sua adesão aos BRICS

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