Todos os anos, milhares de peregrinos deslocam-se, por vezes a pé, à cidade de Kibeho, conhecida por relatos de várias aparições da Virgem Maria a três jovens raparigas no início da década de 1980.
Este ano, porém, o Presidente do Ruanda atacou os peregrinos depois de uma missa em Kibeho ter atraído mais de 20.000 pessoas no dia da Assunção, 15 de agosto.
Na quarta-feira, numa intervenção perante uma conferência de jovens, Kagame classificou a peregrinação como "horrível".
"Se voltar a ouvir falar disto, que as pessoas viajaram para venerar a pobreza, trarei camiões para os apanhar e atirá-los para a prisão, e só os libertarei quando deixarem de ter esta mentalidade de pobreza", disse Paul Kagame, ele próprio católico, embora não se saiba o que provocou estas ameaças.
Não houve qualquer reação imediata da Igreja Católica.
Quase todos os ruandeses são cristãos, metade dos quais é católicos.
Os relatos das primeiras aparições marianas em Kibeho ocorreram em 1981 e foram reconhecidas pela Igreja em 2001.
Desde então, o local tornou-se um local de peregrinação popular para católicos de todo o mundo, na esperança de um milagre ou de uma cura.
De acordo com a imprensa local, este mês, a Igreja Católica está a tentar obter 3,5 mil milhões de francos ruandeses (cerca de 2,7 milhões de euros) para expandir o local de peregrinação.
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