Apesar de não atingir o nível recorde de 2021 (5,142 milhões de deslocados internos), o segundo país mais populoso de África continua a "enfrentar deslocações internas significativas", diz a agência das Nações Unidas (ONU).
De acordo com este relatório, que abrange o período de novembro de 2022 a junho de 2023, "os conflitos são a principal causa e deslocaram 2,9 milhões de pessoas (66,41%), seguindo-se a seca que fez 810.855 pessoas (18,49%) deixarem as suas casas.
Mais de um milhão de pessoas (1,01 milhão) foram deslocadas na região norte do Tigray, onde um acordo de paz pôs fim a dois anos de conflito devastador entre as forças do Governo federal e as autoridades regionais dissidentes em novembro de 2022.
A região somali, no leste do país, abriga o maior número de pessoas deslocadas pela seca, com quase meio milhão de pessoas (542.807).
Além destes deslocados internos, há dezenas de milhares de pessoas no estrangeiro, incluindo mais de 33.000 que fugiram do conflito que eclodiu no vizinho Sudão em abril.
Segundo a ONU, 28,6 milhões de pessoas precisam de ajuda na Etiópia, uma resposta humanitária que continua "consideravelmente subfinanciada", com apenas 27% do valor solicitado pela organização, disse o seu coordenador residente na Etiópia, Ramiz Alakbarov, citado num comunicado divulgado no início desta semana.
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