Após a ratificação pelos representantes de 185 países, o Canadá e o Reino Unido anunciaram que contribuirão com 200 milhões de dólares canadianos (136 milhões de euros) e 10 milhões de libras (11,6 milhões de euros), respetivamente.
O GEF prevê que o fundo mobilize recursos adicionais de fontes públicas, privadas e filantrópicas.
O diretor do GEF, o ex-ministro costa-riquenho Carlos Manuel Rodríguez, referiu, em conferência de imprensa, que a ratificação e as primeiras contribuições do Canadá e do Reino Unido representam "um momento extremamente positivo que será lembrado no futuro".
A criação do chamado Fundo para o Quadro Global para a Biodiversidade (GFGB, na sigla em inglês) foi um dos principais acordos alcançados na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade COP15 que ocorreu em dezembro de 2022 em Montreal (Canadá) e que determinou reverter a perda de espécies até 2030.
Os fundos serão distribuídos aos países em desenvolvimento para proteger e restaurar a biodiversidade.
A FMGB investirá em ecossistemas diversos, ricos e únicos do planeta, apoiando as comunidades indígenas.
Cerca de 25% dos fundos serão aplicados através de instituições financeiras internacionais e pelo menos 36% serão dedicados ao apoio às populações mais vulneráveis.
Além disso, 20% dos recursos serão destinados a iniciativas de grupos indígenas para proteger e conservar a biodiversidade.
A organização sem fins lucrativos Avaaz elogiou, em comunicado, a ratificação e o lançamento do fundo, considerando-o histórico, mas também observou que, após as contribuições do Canadá e do Reino Unido, ainda são necessários 40 milhões de dólares (37 milhões de euros) para torná-lo operacional até ao final deste ano.
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