O ministro da defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, afirmou, esta sexta-feira, que o grupo paramilitar russo Wagner está "desfeito" após a morte do seu fundador, Yevgeny Prigozhin.
Em declarações ao jornal alemão Welt am Sonntag, Reznikov frisou que "o grupo Wagner já não existe como era há um ano, como uma força de combate séria". "Estão desfeitos", acrescentou ainda.
O ministro acredita também que a morte de Prigozhin enfraqueceu o presidente russo Vladimir Putin, porque "Putin mostrou-se ao mundo". "Se faz um acordo com alguém e quebra o acordo, então isso significa que não se pode confiar nele", alegou.
Recorde-se que Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, estaria na lista de passageiros de um avião do Grupo Wagner que caiu na quarta-feira, durante um voo entre Moscovo e São Petersburgo, e levou à morte de todas as 10 pessoas a bordo.
As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin, transportava outros responsáveis do grupo Wagner, incluindo o fundador Dmitri Utkin.
Na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências às pessoas próximas do líder do Grupo Wagner e dos outros ocupantes do avião, e prometeu um inquérito "até ao fim".
Na sua primeira reação após a queda do jato privado, Putin referiu-se a Prigozhin como um homem "talentoso" e "com um destino complicado, que cometeu erros graves na vida, mas que obteve os resultados que precisava".
Leia Também: Putin no funeral de Prigozhin? Kremlin fala em "agenda muito preenchida"