"Teses falsas" da Rússia revelam "pânico crescente e medo de perder"
Já na sexta-feira, o conselheiro presidencial ucraniano considerou que a Rússia está perto de perder as suas posições estratégicas.
© Getty
Mundo Ucrânia/Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, denunciou, este sábado, três teses "falsas" promovidas pela Rússia sobre o conflito na Ucrânia, o que, na sua ótica, revelam que o regime do presidente Vladimir Putin e as elites de Moscovo estão a sentir um "medo catastrófico de perder", além de "pânico crescente" quanto ao potencial desfecho da guerra.
Podolyak começou por enumerar as "três teses falsas fundamentais que a Rússia está a promover ativamente", entre elas a ideia de que "o conflito chegou a um impasse" e que "a ofensiva fracassou", pelo que "é necessário passar imediatamente para a pseudodiplomacia e congelar o conflito (com a cessação do fornecimento de armas para a Ucrânia)", bem como que "a Rússia ainda tem muitos recursos e muita gente disposta a ‘lutar’".
"É claro que todas estas teses estão ‘mortas’ e não têm nada a ver com a realidade: as reservas militares da Rússia são muito menores, e a ofensiva ucraniana está a mover-se para assumir o controlo do fogo em toda a frente sul", complementou.
O responsável não se ficou por aqui, tendo equacionado que estas teses "falsas" revelam apenas o "pânico crescente" e o "medo catastrófico de perder".
There are three key false theses that #Russia is actively promoting:
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) August 26, 2023
1. The conflict has reached stalemate. The offensive has failed.
2. It is necessary to immediately move to pseudo-diplomacy and freeze the conflict (with the cessation of arms supplies to #Ukraine).
3. Russia…
"Todas estas teses indicam apenas uma coisa: pânico crescente entre as elites russas, falta de compreensão do que fazer e um medo catastrófico de perder... Por isso, temos de levá-lo até ao final", rematou.
Já na sexta-feira, o conselheiro presidencial ucraniano considerou que a Rússia está perto de perder as suas posições estratégicas tento em conta os avanços da contraofensiva ucraniana no sul do país.
"Podemos prever uma duplicação dos apelos à negociação num futuro próximo (para parar imediatamente o fornecimento de armas) e o dobro das tentativas de desmoralizar a Ucrânia por parte de terceiros para fazer com que os ucranianos percam a fé nas suas capacidades", disse.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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