"A decisão dos golpistas de expulsar o embaixador da França é uma nova provocação que não pode, de forma alguma, ajudar a encontrar uma solução diplomática para a crise atual", disse a porta-voz do serviço diplomático da UE, Nabila Massrali, em comunicado.
"A União Europeia não reconhece e não reconhecerá as autoridades resultantes do golpe de Estado no Níger", acrescentou, recordando uma posição já expressa no final de julho.
Os militares que tomaram o poder no Níger, em 26 de julho, e que mantêm prisioneiro desde que depuseram o Presidente, Mohammed Bazoum, no palácio presidencial, têm a França, antiga potência colonial, como alvo.
O regime militar acusou Paris de querer intervir militarmente no Níger para colocar Bazoum de volta no poder e alegou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) é uma organização "militarizada" pela França, antiga potência colonial na região.
O Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), presidido pelo general Abdourahamane Tiani, pediu na noite de sexta-feira a saída do embaixador da França, Sylvain Itté.
O CNSP também denunciou os acordos militares entre Niamey e Paris e milhares de manifestantes manifestaram-se este domingo perto da base militar francesa na capital do Níger, segurando cartazes a pedir a saída das tropas francesas.
A União Europeia suspendeu o seu apoio orçamental ao Níger e avisou que poderia impor novas sanções na sequência do golpe de Estado.
O Presidente Mohamed Bazoum "foi eleito democraticamente, é e continua a ser o único Presidente legítimo do Níger", declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em 29 de julho, apelando à sua libertação "incondicionalmente e sem demora".
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