Ucranianos dizem que ataque a aeroporto russo foi lançado da Rússia

O ataque com 'drones' que teve como alvo nesta semana o aeroporto de Pskov, no noroeste da Rússia, foi lançado a partir do território russo, declarou o responsável dos serviços de informação da Ucrânia.

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© YURIY DYACHYSHYN/AFP via Getty Images

Lusa
01/09/2023 11:34 ‧ 01/09/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Os 'drones' usados para atacar a base aérea de Kresty, em Pskov, foram lançados de dentro da Rússia", disse Kyrylo Budanov na rede social Telegram, divulgando ainda o endereço na internet do portal The War Zone, ao qual concedeu uma entrevista.

"Operámos a partir do território da Rússia", afirmou o responsável dos serviços de informação ucranianos durante a entrevista.

Segundo o portal, o responsável não quis dizer se foi uma operação levada a cabo pelos seus homens ou por russos a agir em nome de Kyiv.

Budanov afirma ainda que "dois [aviões militares russos] foram destruídos e outros dois seriamente danificados".

O portal The War Zone também divulgou imagens de satélite a mostrar aviões totalmente destruídos.

Os 'drones' atingiram o aeroporto de Pskov durante a noite de terça-feira para quarta-feira, numa região no noroeste da Rússia, que faz fronteira com a Estónia, Letónia e Bielorrússia.

Questionado sobre o local de onde foram lançados estes aparelhos não tripulados, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, limitou-se a dizer na quarta-feira que "especialistas militares estão a trabalhar para estabelecer a rota dos 'drones' para tomar medidas que não permitam a repetição de tais situações".

Se os 'drones' têm como alvo muito regular as regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia e a Rússia, mas os ataques no extremo norte, a cerca de 700 ou 800 quilómetros, são raros.

Na semana passada, um ataque semelhante teve como alvo um campo de aviação na região vizinha de Novgorod, destruindo ou danificando pelo menos uma aeronave militar.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou no final de julho que a guerra esteja "a chegar ao território da Rússia", sem reivindicar operações realizadas a partir do território russo.

Leia Também: Guerra da Ucrânia? Portugal está do "lado certo da História"

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