"Estamos agora entre a primeira e a segunda linha de defesa russa", disse o general Oleksandr Tarnavskiy, responsável pela contraofensiva no sul, segundo a agência francesa AFP.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou recentemente críticas sobre a suposta lentidão da contraofensiva lançada em junho para retomar os territórios conquistados pela Rússia depois da invasão de há pouco mais de 18 meses.
O general Tarnavskiy referiu que as forças ucranianas estão "agora na fase final da destruição das unidades inimigas responsáveis pela proteção das tropas russas quando estas se retiram para trás da segunda linha de defesa".
De acordo com o general, cujas tropas libertaram a cidade de Kherson (sul) no ano passado, as forças de Moscovo "estavam simplesmente paradas à espera do exército ucraniano" e já se reposicionaram na zona.
"O inimigo está a utilizar as suas reservas, não só na Ucrânia mas também na Rússia. Mais cedo ou mais tarde, os russos vão ficar sem os melhores soldados. Isto dar-nos-á a oportunidade de os atacar mais e mais rapidamente", afirmou.
"Tudo ainda está para vir", disse o general, que atribuiu a lentidão da ofensiva à necessidade de retirar as minas dos territórios ocupados pelos russos, que demorou "mais tempo do que o previsto".
Disse ainda que tem sido difícil retirar os feridos da linha da frente, o que também tem complicado o avanço das tropas.
O general Tarnavskiy admitiu que as forças ucranianas sofreram perdas significativas, mas sem especificar.
"Quanto mais nos aproximamos da vitória, mais difícil ela se torna. E porquê? Porque, infelizmente, estamos a perder os nossos melhores e mais fortes soldados", explicou.
"Agora, temos de nos concentrar em certas áreas e terminar o trabalho. Por muito difícil que seja para cada um de nós", acrescentou.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A Ucrânia tem recebido armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.
O número oficial de baixas civis e militares do conflito é desconhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.
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