As forças ucranianas estão a "continuar as operações ofensivas no setor de Melitopol" e "obtiveram sucesso perto de Novodanylivka e Novoprokopivka", no sul do país, disse a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar, à televisão estatal de Kiev.
Estas duas aldeias situam-se na região de Zaporijia, perto de Robotyne, uma localidade reconquistada às forças russas no final de agosto e que, segundo Kiev, abre caminho à ofensiva ucraniana em direção ao sul ocupado pelo exército de Moscovo.
"No sul, o inimigo (Rússia) está a sofrer pesadas perdas em termos de efetivos, armas e equipamento, e está a reagrupar as unidades e tropas utilizando reservas", disse ainda Ganna Maliar.
Estas informações ainda não foram confirmadas nem por jornalistas nem por qualquer entidade independente.
Na frente leste, "tivemos algum sucesso perto de Klichtchiivka", acrescentou a vice-ministra, referindo-se à aldeia situada a sul de Bakhmut, uma cidade que tem estado no centro dos combates há mais de um ano e que foi tomada pelos russos em maio de 2022.
"Durante a semana passada, a área libertada aumentou em três quilómetros quadrados" perto de Bakhmut, e "no total, 47 quilómetros quadrados foram libertados" nos flancos da cidade desde o início da contraofensiva ucraniana em junho, acrescentou a vice-ministra.
Paralelamente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, substituiu no domingo o ministro da Defesa, Oleksi Reznikov, por Rustem Umerov, que desempenhava o cargo de diretor do Fundo de Propriedades do Estado.
"Decidi substituir o ministro da Defesa da Ucrânia", disse Zelensky justificando que "Reznikov viveu mais de 550 dias de guerra" e que o Ministério da Defesa "precisa de novas abordagens e novas formas de interagir com o Exército, bem como com a sociedade civil em geral".
Agora, Rustem Umerov "deverá liderar o Ministério da Defesa", sendo que a Rada (Parlamento da Ucrânia) "conhece bem", prosseguiu o Presidente ucraniano.
A mudança de Reznikov, um advogado de 57 anos, por Umerov, ex-deputado e tártaro da Crimeia, de 41 anos, na liderança do Ministério da Defesa surge em plena contraofensiva ucraniana iniciada em junho e após a divulgação de vários casos de corrupção envolvendo as forças armadas.
Leia Também: Ucrânia. Responsável por contraofensiva reivindica avanço significativo