EUA querem reforçar laços no indo-pacífico e consideram ASEAN essencial

Os Estados Unidos querem fortalecer as suas relações com o indo-pacífico para consolidar a região como um espaço de abertura, interconectividade, prosperidade, segurança e resiliência, considerando essencial o papel da ASEAN neste contexto, disse a vice-presidente norte-americana.

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© BAGUS INDAHONO/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
06/09/2023 10:43 ‧ 06/09/2023 por Lusa

Mundo

ASEAN

do nosso interesse vital promover uma região interconectada, prospera, aberta, segura e resiliente. A ASEAN esta no centro dos compromissos da EUA com o indo pacifico, estamos comprometidos com a centralidade da ASEAN, e estou satisfeita que nossa visão coletiva para o indo pacifico esteja alinhada", afirmou Kamala Harris em Jacarta.

"Como líderes, temos de lidar com os desafios globais de hoje, investindo numa visão a longo-prazo. Temos de olhar 10, 20, 30 anos no futuro e medir os nossos passos agora face a essa visão. Os EUA e o sudeste asiático partilham interesses mútuos, prioridades e visão de longo prazo", vincou.

Kamala Harris falava em Jacarta na abertura da Cimeira Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e dos Estados Unidos, um dos encontros que coincide com a 43ª. Cimeira da organização regional.

Intervindo na abertura do encontro, o anfitrião, o Presidente indonésio Joko Widodo recordou que a ASEAN contribui já para 5,4% do crescimento do PIB mundial e que a consolidação da parceira com os Estados Unidos é benéfica para as duas partes.

"No entanto esta parceria só pode concretizar-se, com fortes compromissos das duas partes em manter paz e a estabilidade na região. A ASEAN acordou continuar a sua função como locomotiva de paz e estabilidade na região", disse Widodo.

"O indo pacifico deve tornar-se uma plataforma de colaboração e por isso a ASEAN convida os EUA a ser uma força positiva, a a criar uma zona pacífica, próspera estável, através da colaboração inclusiva", vincou.

Harris, que está na sua primeira visita ao sudeste asiático desde que assumiu funções, recordou os laços históricos com esta região e o facto de haver uma partilha de valores com os povos e nações desta parte do globo.

"O comércio entre o sudeste asiático e EUA apoia mais de 600 mil empregos norte americanos e a cooperação dos Estados Unidos representa oportunidade de crescimento para ambos", disse.

"O compromisso de defesa e dissuasão e a nossa presença em termos de segurança, ajudam a proteger o nosso país e a garantir estabilidade regional.

Harris referiu-se à crise em Myanmar, condenando a violência no país, e declarou o apoio ao consenso da ASEAN para resolver a situação.

"Partilhamos o compromisso com normas e regras internacionais e que a nossa parceria (...) ajude a resolver questões regionais com a crise em Myanmar", afirmou.

"Continuaremos a pressionar o regime para pôr fim à horrífica violência, para libertar os detidos injustamente e restabelecer o caminho de Myanmar em direção à democracia inclusiva. Continuaremos a apoiar o consenso de cinco pontos da ASEAN para Myanmar", explicou.

Harris referiu-se à presença na sala de Xanana Gusmão, primeiro-ministro timorense, e comprometeu o seu Governo a "continuar a apoiar Timor-Leste no seu caminho para a adesão à ASEAN".

E anunciou um conjunto de iniciativas para reforçar os laços com a ASEAN, incluindo a criação de um centro em Washington para facilitar a consolidação entre o país e o bloco regional.

Leia Também: Myanmar critica ASEAN por condenar violência dos militares contra civis

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