O comité da cidade de Omdurman referiu, em comunicado, que, dos 21 civis, dois eram menores. As crianças foram mortas, quando estavam em casa, por armas que disparam obuses, na zona de Karari, no norte da cidade.
"A contínua troca de ataques" causou a interrupção dos serviços de água e eletricidade e "a deslocação de centenas de famílias para zonas mais calmas", anunciou o comité.
Os confrontos também ocorreram em várias partes de Cartum, incluindo uma base militar com presença das FAR em Omdurman, que foi bombardeada pelo exército, declaram à agência noticiosa EFE testemunhas locais.
A violência aumentou na capital sudanesa, apesar de o chefe do exército, o general Abdel Fattah al-Burhan, ter afirmado que a rebelião paramilitar tinha sido neutralizada e de os militares se terem deslocado, pela primeira vez desde o início do conflito, ao estrangeiro para solicitar ajuda externa.
O general al-Burhan vai chefiar a delegação sudanesa à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, de 19 a 26 de setembro, segundo um comunicado divulgado terça-feira à noite pelo Ministério das Finanças do Sudão.
Até à data, todas as negociações entre o exército e as FAR para um cessar-fogo falharam e não há sinais de um acordo político, apesar das constantes tentativas de mediação da Arábia Saudita, dos Estados Unidos e do Sudão do Sul, bem como da ONU.
Até agora, a guerra causou entre mil e cinco mil mortos, de acordo com várias estatísticas, enquanto a ONU estima que mais de 5,1 milhões de pessoas foram deslocadas interna e externamente.
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