O monarca alauíta chegou ao centro de carro, por volta das 16:30 locais (mesma hora em Lisboa), acompanhado por um longo cortejo de veículos oficiais e de segurança.
Segundo a televisão pública Al Oula, que transmitiu imagens da visita real, o monarca fez-se acompanhar pelos ministros do Interior e da Saúde, Abdeluafu Laftit e Khalid Ait Taleb, e visitou duas unidades do hospital, a unidade de reanimação e a de recuperação, onde foi informado sobre a situação dos feridos.
Nas imagens, Mohamed VI é visto a falar com seis pacientes, homens e mulheres, com uma adolescente e com a mãe de uma criança ferida, bem como com vários profissionais de saúde.
Mais tarde, aparece a doar sangue e a sair do hospital, da mesma forma como chegou, de carro.
Dados da televisão pública apontam para 2.171 o número de feridos que deram entrada nos diferentes serviços de saúde da região de Marraquexe, dos quais 484 ficaram em estado grave, existindo atualmente 248 feridos internados nestes espaços.
Trata-se da segunda vez que Mohammed VI é visto em público após o terramoto, depois de ter presidido sábado a uma reunião de trabalho com responsáveis civis e militares, em que definiu o programa de emergência para assistir as vítimas e reabilitar os edifícios danificados e decretou três dias de luto oficial.
Na sequência do terramoto, que ocorreu na sexta-feira à noite e que provocou também mais de 5.500 feridos, Mohamed VI ordenou também a mobilização urgente do exército com meios humanos e logísticos significativos por via aérea e terrestre, bem como a criação de um hospital militar.
Em 2004, Marrocos sofreu um novo terramoto na cidade de Al Hoceima, em pleno Rif, que causou centenas de mortos. O monarca, que se encontrava nos primeiros anos do seu reinado, deslocou-se à região durante vários dias para apoiar as vítimas.
O tremor de terra de sexta-feira, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos - o Serviço Geológico dos Estados Unidos registou uma magnitude de 6,8.
Este sismo é o mais mortífero em Marrocos desde aquele que destruiu Agadir, na costa oeste do país, em 29 de fevereiro de 1960, causando entre 12.000 e 15.000 mortos, um terço da população da cidade.
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