"A iniciativa está nas mãos dos nossos soldados, nas mãos da Ucrânia", escreveu o presidente ucraniano, no Telegram, citado pela agência Efe.
Acrescentou ainda que será o "heroísmo ucraniano" o fator chave para determinar "como a guerra vai acabar".
Horas antes, Zelensky tinha anunciado a libertação, pelas suas forças armadas, da pequena cidade de Andriivka, a sul de Bakhmut, considerada chave para o cerco dessa cidade.
"Os nossos soldados libertaram Andriivka", disse Zelensky, afirmando que este é um resultado importante e esperado.
O Estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia também disse que "durante as operações de assalto, as forças ucranianas tomaram Andriivka na região de Donetsk, infligiram perdas significativas de pessoal e equipamento ao inimigo e consolidaram as suas novas posições".
O comandante ucraniano Maksym Zhorin explicou que o controlo de Andriivka é essencial para que as forças de Kyiv avancem em direção a Bakhmut.
No entanto, hoje, os militares russos negaram estas afirmações e afirmaram que as forças de Kyiv falharam nas suas tentativas de expulsar o exército russo de Andriivka.
"Na frente de Donetsk, o inimigo persiste nos seus planos para cercar Atyromovsk (nome russo de Bakhmut) e continua as suas ações de assalto (...) tentando, sem sucesso, expulsar as forças russas das localidades de Andriivka e Klishchiivka", segundo o último relatório militar russo.
De acordo com Moscovo, na última semana as suas forças repeliram um total de 34 ataques ucranianos nesta direção.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado, reivindicou em maio o controlo de Bakhmut, após intervenção de mercenários do grupo Wagner. Depois de abandonarem as suas posições, estes elementos transferiram o comando operacional às forças russas.
O exército ucraniano tem liderado uma contraofensiva desde o início de junho, com o objetivo de repelir as forças russas no leste e no sul, mas enfrenta poderosas linhas defensivas compostas por trincheiras, campos minados e armadilhas antitanque.
A pressão ucraniana intensificou-se nas últimas semanas, particularmente na frente sul, com a captura da aldeia de Robotyne, em direção à cidade de Tokmak, um importante ponto logístico para as forças russas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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