"A iniciativa está nas mãos dos nossos soldados, nas mãos da Ucrânia"

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu hoje que a iniciativa se mantém do lado dos ucranianos nos combates contra as forças invasoras russas, que negaram que Kyiv tenha tido sucesso em Andriivka, na região de Bakhmut.

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Lusa
16/09/2023 18:37 ‧ 16/09/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A iniciativa está nas mãos dos nossos soldados, nas mãos da Ucrânia", escreveu o presidente ucraniano, no Telegram, citado pela agência Efe.

Acrescentou ainda que será o "heroísmo ucraniano" o fator chave para determinar "como a guerra vai acabar".

Horas antes, Zelensky tinha anunciado a libertação, pelas suas forças armadas, da pequena cidade de Andriivka, a sul de Bakhmut, considerada chave para o cerco dessa cidade.

"Os nossos soldados libertaram Andriivka", disse Zelensky, afirmando que este é um resultado importante e esperado.

O Estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia também disse que "durante as operações de assalto, as forças ucranianas tomaram Andriivka na região de Donetsk, infligiram perdas significativas de pessoal e equipamento ao inimigo e consolidaram as suas novas posições".

O comandante ucraniano Maksym Zhorin explicou que o controlo de Andriivka é essencial para que as forças de Kyiv avancem em direção a Bakhmut.

No entanto, hoje, os militares russos negaram estas afirmações e afirmaram que as forças de Kyiv falharam nas suas tentativas de expulsar o exército russo de Andriivka.

"Na frente de Donetsk, o inimigo persiste nos seus planos para cercar Atyromovsk (nome russo de Bakhmut) e continua as suas ações de assalto (...) tentando, sem sucesso, expulsar as forças russas das localidades de Andriivka e Klishchiivka", segundo o último relatório militar russo.

De acordo com Moscovo, na última semana as suas forças repeliram um total de 34 ataques ucranianos nesta direção. 

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado, reivindicou em maio o controlo de Bakhmut, após intervenção de mercenários do grupo Wagner. Depois de abandonarem as suas posições, estes elementos transferiram o comando operacional às forças russas.

O exército ucraniano tem liderado uma contraofensiva desde o início de junho, com o objetivo de repelir as forças russas no leste e no sul, mas enfrenta poderosas linhas defensivas compostas por trincheiras, campos minados e armadilhas antitanque.

A pressão ucraniana intensificou-se nas últimas semanas, particularmente na frente sul, com a captura da aldeia de Robotyne, em direção à cidade de Tokmak, um importante ponto logístico para as forças russas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Exército ucraniano diz ter recapturado aldeia situada perto de Bakhmut

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