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Ucrânia quer processar três países por proibirem importação de cereais

A UE autorizou cinco países a proibir a comercialização de cereais ucranianos até 15 de setembro, mas a Polónia, Hungria e Eslováquia querem manter a proibição.

Ucrânia quer processar três países por proibirem importação de cereais
Notícias ao Minuto

10:25 - 18/09/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

A Ucrânia quer processar a Polónia, a Hungria e a Eslováquia, por proibirem a importação de cereais ucranianos. A notícia foi avançada pelo vice-ministro da Economia ucraniano, Taras Kachka, numa entrevista ao jornal Politico.

Em causa está o facto de a União Europeia (UE) ter autorizado, em abril, cinco Estados-membros - Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia - a proibir a comercialização de trigo, milho, colza e sementes de girassol ucranianos no seu território, desde que isso não impedisse o trânsito dos cereais para outros países.

O objetivo seria proteger os agricultores destes países, que culpavam estas importações pela queda dos preços nos seus mercados locais. As proibições expiraram na passada sexta-feira, mas a Polónia, Eslováquia e Hungria anunciaram as suas próprias restrições. 

"É importante provar que estas ações são juridicamente erradas. E é por isso que vamos dar início a um processo judicial amanhã", disse Kachka ao Politico, acrescentando que a Ucrânia poderá também impor restrições à Polónia. 

"Seríamos forçados a retaliar sobre os produtos adicionais e proibiríamos a importação de frutas e legumes da Polónia", sublinhou.

Sublinhe-se que a Ucrânia tornou-se completamente dependente de rotas na UE para as suas exportações de cereais depois de a Rússia ter abandonado unilateralmente em julho o acordo de exportação que tinha permitido a Kyiv enviar os seus produtos agrícolas em segurança para países de África e da Ásia através do Mar Negro.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 17 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Ucrânia diz que abateu 17 mísseis cruzeiro lançados pela Rússia

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