Meloni referiu-se, em particular, à promessa de disponibilizar dinheiro para um acordo histórico com a Tunísia, depois de o seu Governo aprovar hoje um pacote para a emergência migratória.
"O Governo vai seguir com grande atenção, passo a passo, os compromissos que a Europa assumiu com Itália, a começar pelo compromisso de rapidamente disponibilizar os recursos previstos no memorando com a Tunísia", declarou.
O memorando assinado por Meloni, Von der Leyen e pelo primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, com o Presidente tunisino, Kais Saied, em meados de julho prevê uma "parceria estratégica e global" destinada a combater a imigração ilegal e a reforçar as relações económicas entre o bloco comunitário e o país norte-africano, que se situa numa das principais rotas de migrantes e refugiados que viajam para a Europa.
A chefe do executivo italiano sublinhou que "a presença da presidente Von der Leyen em Lampedusa ontem (domingo) foi muito importante também de uma perspetiva simbólica".
"A presença da Europa nas fronteiras mais expostas à imigração ilegal em massa sublinha que as fronteiras de Lampedusa são não só italianas, mas também europeias", salientou.
A ilha de Lampedusa, situada no extremo sul de Itália, fica mais próxima da Tunísia do que de Itália.
Entretanto, o Governo italiano aumentou para 18 meses o período máximo de detenção dos migrantes que vão ser repatriados por não serem elegíveis para asilo, indicaram hoje fontes governamentais.
Meloni tinha anunciado que o seu executivo iria aprovar esta medida na reunião do Conselho de Ministros de hoje, como parte de um conjunto de medidas para lidar com o aumento das chegadas de migrantes do norte de África à ilha de Lampedusa.
A primeira-ministra italiana considera que o aumento do afluxo de migrantes colocou o país sob uma "pressão insustentável" e deslocou-se com a presidente da Comissão Europeia a Lampedusa no domingo, depois de a ter convidado a visitar a ilha italiana para ver pessoalmente a situação.
Na sexta-feira, Meloni afirmara que o tempo máximo de permanência dos requerentes de asilo nos centros de acolhimento se manteria em 12 meses.
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