As autoridades do leste da Líbia pediram aos jornalistas para saírem da cidade de Derna, atingida pelas trágicas inundações que mataram milhares de pessoas, para não "prejudicarem" o trabalho das equipas de resgate.
O pedido foi feito pelo ministro da Aviação Civil do leste do país à Reuters, esta terça-feira, um dia depois de manifestantes "furiosos" com a "negligência" dos governantes da Líbia terem incendiado a casa do autarca de Derna, entretanto suspenso do cargo.
De acordo com Hichem Chkiouat, a medida não está relacionada com os protestos, "é uma tentativa de criar melhores condições para que as equipas de resgate possam realizar o trabalho de forma mais harmoniosa e eficaz", uma vez que "o grande número de jornalistas tornou-se um impedimento ao trabalho das equipas de resgate".
Até ao momento, as autoridades confirmaram a morte de 11.300 pessoas, contudo, segundo o Crescente Vermelho, "mais de 10 mil pessoas continuam desaparecidas", ou seja, as vítimas mortais poderão ultrapassar as 25 mil.
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