"Ontem [na terça-feira] recebi notícias preocupantes sobre Nagorno-Karabakh, no sul do Cáucaso, onde a situação humanitária, já crítica, foi agora agravada por novos confrontos armados", disse o Papa no final da audiência geral realizada semanalmente em São Pedro.
Francisco apelou também a "todas as partes e à comunidade internacional para que sejam depostas as armas e se faça todo o possível para encontrar soluções pacíficas para o bem da população e o respeito pela dignidade humana".
O Azerbaijão lançou uma operação militar no território separatista de Nagorno-Karabakh, povoado por arménios mas controlado maioritariamente pelo Azerbaijão, provocando pelo menos 29 mortos e relatos de ataques a infraestruturas civis.
Nas suas viagens à Arménia e ao Azerbaijão, Francisco sempre apelou a uma solução pacífica para o conflito nesta região e, em dezembro do ano passado, manifestou a sua preocupação com a situação no corredor de Lachin, no sul do Cáucaso, dadas "as precárias condições humanitárias da população".
Nagorno Karabakh, autoproclamado independente em 1991, tem sido desde então o pomo da discórdia entre a Arménia e o Azerbaijão, que travaram duas guerras, uma no início da década de 1990 que terminou com a vitória arménia, e outra em 2020, na qual o Azerbaijão conseguiu retomar o controlo de dois terços do território.
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