O magistrado Arthur Engoron falou no início de uma audiência para abordar um recurso do Ministério Público do Estado de Nova Iorque, que argumenta ter provas "indiscutíveis" para considerar Trump responsável por um dos principais crimes de que é acusado sem necessidade de julgamento.
A defesa de Trump solicitou que este pedido do Ministério Público fosse rejeitado e todas as acusações contra o seu cliente fossem rejeitadas e, paralelamente, denunciou o juiz por alegado abuso de autoridade no conteúdo do caso, que está a ser analisado por um painel de recurso.
O julgamento civil, que seria o primeiro de uma longa lista que Trump enfrenta, está marcado para 02 de outubro, mas foi temporariamente interrompido enquanto o painel de recurso avalia a queixa contra Engoron.
O Ministério Público de Nova Iorque, chefiado por Letitia James, iniciou esta ação judicial no final de 2022, acusando Trump, a sua empresa (a Organização Trump), os seus filhos mais velhos Donald Jr. e Eric e vários sócios de inflacionar os seus ativos -- em cerca de 2.200 milhões de dólares num único ano - para obter vantagens fiscais e de empréstimos.
O Ministério Publico exige que os arguidos paguem uma multa de 250 milhões de dólares [228 milhões de euros] em benefícios financeiros e também que seja restringida a sua capacidade de fazer negócios em Nova Iorque, o que seria um duro golpe nos seus rendimentos.
Na audiência de hoje, no Supremo Tribunal de Nova Iorque, os advogados de ambas as partes compareceram, sem a presença de Trump ou do procurador, e apresentaram os respetivos argumentos ao longo de horas, moldando o conteúdo do potencial julgamento.
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