"Às 10h00 (06h00 em Lisboa) o número de detidos era de 142", disse o porta-voz do Ministério do Interior (equivalente ao Ministério da Administração Interna) da Arménia ao portal de notícias Arminfo, de Erevan.
De acordo com a oposição arménia, coligada no Comité Nacional, o número de detidos, "entre os quais se encontram vários deputados, ultrapassa as 200 pessoas".
Os opositores pedem a demissão Pashinyan que acusam de falta de iniciativas na defesa dos cidadãos arménios do Nagorno-Karabakh após a ofensiva militar do Azerbaijão, no dia 19 de setembro.
No domingo, Vazquen Manukyian, ex-primeiro-ministro arménio e membro do Comité Nacional, anunciou que a oposição "vai paralisar o país a partir de hoje".
Esta manhã, vários grupos da oposição bloquearam várias ruas da capital arménia.
O ex-vice-presidente do Parlamento, Eduard Sharmazanov, apelou aos protestos afirmando que nas ações de hoje "ainda não estão presentes as pessoas suficientes para neutralizarem a repressão policial".
"Se saírem (às ruas) dez mil pessoas, os polícias vão 'virar as costas' a Nikol (Pashinyan)", disse o político da oposição ao portal digital de informação News.am.
O Governo de Erevan disse hoje que cerca de três mil arménios deslocados após a recente operação militar do Azerbaijão no Nagorno-Karabakh chegaram ao território da Arménia desde domingo.
No fim de semana, as autoridades da autoproclamada República do Nagorno Karabakh anunciaram que os cidadãos arménios que ficaram sem casa após os combates da semana passada podiam sair do território através dos corredores organizados pelas forças de pacificação russas presentes no enclave desde 2020.
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