Irão exige fim da investigação sobre atividades nucleares não pacíficas
O Governo iraniano exigiu hoje que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) encerre a investigação sobre possíveis atividades nucleares não declaradas, das quais depende para poder esclarecer que o seu programa nuclear é totalmente pacífico.
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Mundo AIEA
"Todos os materiais e atividades nucleares do Irão foram declarados e verificados pela AIEA", disse hoje o vice-presidente iraniano Mohammad Eslami na Conferência Geral da agência da ONU em Viena.
Eslami, que é também presidente da Organização da Energia Atómica do Irão, afirmou que Teerão coopera voluntariamente com a AIEA e tem "um registo exemplar de cooperação" com a agência da ONU, que é responsável por garantir a utilização pacífica da energia atómica.
"Por conseguinte, espera-se que o caso das questões pendentes seja encerrado o mais rapidamente possível", afirmou Eslami.
O vice-presidente iraniano referiu-se também à descoberta de vestígios de urânio artificial localizados em instalações que Teerão nunca declarou como fazendo parte do seu programa atómico.
A AIEA afirma que, sem a clarificação destas questões pendentes no âmbito do acordo de salvaguardas (controlos) entre o Irão e a AIEA, a agência não pode dar garantias sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano.
Porém, no discurso, Eslami recordou que, há cinco anos, os Estados Unidos abandonaram o acordo, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla inglesa), assinado em 2015, ao abrigo do qual o Irão concordou em reduzir o seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções internacionais.
O vice-presidente iraniano acusou também Washington de não ter conseguido parar "a imposição de sanções ilegais contra o Irão" e disse que os controlos a que o Irão chegou ao abrigo do JCPOA são voluntários e não devem ser confundidos com as obrigações enquanto membro da AIEA.
"Chegou o momento de recuar e evitar novas pressões políticas e psicológicas sobre o programa nuclear pacífico do Irão", declarou.
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