Nos últimos dias, milhares de pessoas fugiram de Nagorno-Karabakh, um território separatista no Azerbaijão, em direção à Arménia. A crise de refugiados começou após o exército azeri ter lançado, na semana passada, uma ofensiva sobre as posições arménias no enclave.
De acordo com as autoridades arménias, cerca de 28.120 refugiados entraram até agora no país, um número que deverá aumentar ao longo dos próximos dias, uma vez que o Azerbaijão só abriu esta terça-feira a única estrada que liga o enclave à Arménia.
No domingo, as autoridades da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh, que capitulou após a operação militar lançada no dia 19 de setembro pelo Azerbaijão, anunciaram que os cidadãos que ficaram sem casa poderiam deslocar-se para a vizinha Arménia se assim o desejassem.
O resto dos cerca de 120.000 habitantes que pretendam deixar a região que será integrada no Azerbaijão poderá fazê-lo após concluída a saída dos deslocados e desalojados, indicou o Centro de Informação da autoproclamada república.
A Arménia e o Azerbaijão, duas ex-repúblicas soviéticas, já se confrontaram pelo controlo de Nagorno-Karabakh em duas guerras: uma entre 1988 e 1994 (30.000 mortos) e outra no outono de 2020 (6.500 mortos).
A Rússia patrocinou o acordo de cessar-fogo que pôs fim às hostilidades em 2020 e deslocou para o território uma força de manutenção da paz que, contudo, não impediu a invasão relâmpago pelas tropas de Baku na semana passada.
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