Wilson Lima esteve na capital do Brasil, Brasília, para se reunir com representantes do governo federal, incluindo o Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir a seca.
No domingo, Lima tinha confirmado na rede social X (antigo Twitter) a reunião, acrescentando que os diferentes níveis de governo iriam "alinhar as ações em apoio às pessoas que moram nos municípios afetados".
Quinze municípios do Amazonas estão em estado de emergência, enquanto outros 40 estão em estado de alerta, informou a autoridade de defesa civil estadual.
Muitos habitantes já lutam para ter acesso a bens essenciais, como alimentos e água, porque o principal meio de transporte na região são as vias navegáveis e os níveis dos rios apresentam registos historicamente baixos.
A seca também afeta a pesca, meio de subsistência de muitas comunidades ribeirinhas.
De acordo com o porto da capital, Manaus, o nível das águas do rio Amazonas estava a 16,7 metros na terça-feira, cerca de seis metros abaixo do mesmo dia do ano passado.
O nível mais baixo da água foi registado em 24 de outubro de 2010, quando caiu para 13,6 metros.
O estado do Amazonas declarou uma emergência ambiental há duas semanas em resposta à seca prolongada e lançou um plano avaliado em 20 milhões de dólares (18,9 milhões de euros).
A agência de proteção civil do estado também prometeu distribuir alimentos e água, bem como 'kits' de higiene pessoal.
A seca deverá durar mais tempo e ser mais intensa devido ao fenómeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, sublinhou a autoridade de proteção civil.
As alterações climáticas agravam as secas, tornando-as mais frequentes, prolongadas e severas. As temperaturas mais elevadas aumentam a evaporação, o que reduz as águas superficiais e seca os solos e a vegetação.
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