Esta manhã, a polícia revistou 26 casas de 39 membros, bem como instalações de associações em diversos estados do país, tendo confiscado dinheiro e ouro, bem como removido licenças de porte de arma e apreendido armas de fogo.
"A proibir a Artgemeinschaft, proibimos uma associação sectária, profundamente racista e antissemita. Este é outro duro golpe contra o extremismo de direita e contra os incendiários intelectuais que espalham as ideologias nazis até hoje", disse a ministro num comunicado.
Faeser acrescentou que este grupo de extrema-direita "tentou formar novos inimigos da Constituição através da doutrinação de crianças e jovens".
A ministra disse que a organização, que está interligada com muitos grupos de extrema-direita, "combina várias correntes de extremistas e, portanto, representa uma ameaça à ordem democrática liberal".
O grupo tem 150 membros e, sob o pretexto de uma fé religiosa nos deuses germânicos, espalhou a sua visão do mundo, que viola a dignidade humana, de acordo com o comunicado do Governo alemão.
O objetivo central do movimento é a preservação e promoção da sua própria "espécie", que pode ser equiparada ao termo nacional-socialista "raça".
Para a doutrinação de crianças e jovens, utilizou literatura, em parte da época do Nacional-Socialismo de Adolf Hitler, apenas ligeiramente modificada.
Segundo Faeser, as atividades de doutrinação da organização -- especialmente com crianças -- tornam-na pelo menos tão perigosa para a ordem constitucional como o grupo neonazi Hammerkinns, que tinha sido banido na semana passada.
A organização instruiu os seus membros sobre a "escolha conjugal" dentro da "espécie humana do norte da Europa" para transmitir a "herança genética" que é considerada correta dentro da organização.
A organização passou as suas bases ideológicas a outros grupos de extrema-direita, como o Sturm-Wolfsbrigade 44 ou o Heimattreuen Deutsche Jugend, que já tinham sido banidos e cujos membros encontraram abrigo na Artgemeinschaft.
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