Na cidade de Kherson, "um residente de 41 anos foi mortalmente ferido na entrada de sua casa", informou na plataforma de mensagens Telegram a administração militar da região, na qual a Rússia continua a ocupar a margem leste do Dnieper.
"O inimigo também lançou sete mísseis aéreos na área de Mikolaivka, no distrito de Berislav", acrescentou a fonte.
As autoridades ucranianas de Kherson ainda estão a estabelecer os danos causados por estes mísseis, lançados a partir de aviões, mas que podem ser direcionados para explodir ao cair no solo.
De acordo com a administração militar, a Rússia atacou na quarta-feira a parte da região controlada pela Ucrânia em 109 ocasiões, incluindo 33 contra a cidade de Kherson, usando artilharia, foguetes, morteiros e projéteis disparados de tanques e aviões.
A nova vaga surge horas depois do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter alertado durante o dia sobre os intensos ataques que estão "a aterrorizar" a população da parte de Kherson sob controlo ucraniano.
No seu discurso diário à nação, na noite de quarta-feira, Zelensky mencionou "a dureza" dos bombardeamentos russos contra Kherson e, em particular, contra o distrito de Berislav e contra a capital da região.
O chefe de Estado acusou a Rússia de atacar a área com "artilharia" e "mísseis aéreos" e de atingir "casas, quintas, lojas comuns e infraestruturas".
"O conhecido terror dos ocupantes", sublinhou Zelensky, que dirigiu palavras de encorajamento às vítimas e às suas famílias e pediu aos aliados da Ucrânia "mais meios" para se protegerem do "terror" russo.
Também esta madrugada, a defesa aérea ucraniana destruiu mais de 30 drones, durante um ataque russo nas regiões de Odessa e Mykolaiv, no sul do país, disse uma porta-voz do comando sul do exército da Ucrânia.
"Vários grupos de drones de ataque foram lançados" nestas regiões, declarou Natalya Gumenyuk, referindo-se a "um ataque massivo".
"No entanto, o trabalho de defesa aérea foi bastante eficaz. Mais de 30 drones foram destruídos. Estimativas mais precisas serão fornecidas pela Força Aérea", acrescentou.
"O inimigo não para de atacar, não para de pressionar e buscar novas táticas, principalmente com o uso de ataques massivos", disse Gumenyuk.
As forças russas visam regularmente esta região do sul da Ucrânia com vista para o Mar Negro, onde estão localizadas infraestruturas portuárias cruciais para o comércio marítimo.
Os ataques aumentaram desde que a Rússia abandonou, em julho, o acordo que permitia à Ucrânia exportar livremente a sua produção de cereais.
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