Biden coloca defesa da democracia no centro da sua campanha

O presidente norte-americano, Joe Biden, colocou a defesa da democracia no centro da sua campanha à reeleição, alertando para o perigo que representaria o regresso ao poder de Donald Trump, antevendo um novo confronto entre ambos nas urnas.

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© SAUL LOEB/AFP via Getty Images

Lusa
28/09/2023 23:59 ‧ 28/09/2023 por Lusa

Mundo

EUA

Biden fez um discurso em Tempe (Arizona), no qual também prestou homenagem ao senador Republicano daquele estado, John McCain, falecido em 2018 e que foi o candidato presidencial Republicano em 2008, além de ter sido alguém com quem o chefe de Estado manteve um relacionamento próximo de amizade apesar das suas diferenças políticas.

O Presidente alertou que os Estados Unidos estão num ponto de viragem e enfrentam uma situação "perigosa".

"Não há dúvida de que o Partido Republicano de hoje é liderado e intimidado por extremistas. Estes extremistas estão a minar as instituições da democracia americana", advertiu, perante uma audiência extasiada.

Biden atacou especificamente os "extremistas do MAGA", uma referência ao 'slogan' da campanha de Trump "Make America Great Again" [Tornar a América Grande de Novo] e um termo que frequentemente usa para se referir à ala mais radical do Partido Republicano, alinhada com o magnata.

No discurso também houve referências mais diretas a Trump, a quem nunca mencionou nominalmente, mas a quem criticou pelo seu papel no ataque ao Capitólio de janeiro de 2021, quando os seus apoiantes invadiram a sede do Congresso para impedir a certificação dos resultados eleitorais.

Este acontecimento, no qual cinco pessoas perderam a vida, representa o maior ataque à democracia até agora registado no país.

"Democracia significa rejeitar a violência política independentemente do partido. Essa violência nunca, nunca, nunca é aceitável nos Estados Unidos. Não é democrática. Nunca deveria ser normalizada para obter poder político. Democracia significa respeitar as instituições que governam a sociedade", disse.

Por último, e de forma especialmente enfática, Biden apelou aos eleitores, sejam Democratas, Republicanos ou independentes, a colocarem o seu "país em primeiro lugar" e a defenderem os valores dos Estados Unidos e a sua Constituição contra os "extremistas do MAGA".

O discurso desenrolou-se sem contratempos, embora tenha havido um incidente isolado logo no início, quando um membro da audiência interrompeu Biden e começou a protestar contra as suas políticas de combate às alterações climáticas.

"Bem, se você se acalmar, encontro-me consigo logo depois disto", respondeu Biden ao manifestante, acrescentando em tom de brincadeira que a democracia tem os seus desafios, como o próprio acabara de presenciar.

Segundo a Casa Branca, este é o quarto discurso em defesa da democracia que Biden faz desde que assumiu a Presidência em janeiro de 2021.

Surge depois do segundo debate entre os candidatos à nomeação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024, em que os candidatos se interromperam constantemente e fizeram poucas propostas concretas para se distinguirem do favorito, Donald Trump.

Trump, que lidera as sondagens à nomeação presidencial Republicana, decidiu ausentar-se desse segundo debate, como já fez no primeiro.

Em vez de comparecer ao evento, o magnata fez um discurso aos trabalhadores do setor automóvel em Detroit, no qual criticou a pressão de Biden a favor dos veículos elétricos.

Leia Também: Blinken reúne-se com homólogo indiano em plena crise entre Canadá e Índia

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