Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,22% e o alargado S&P500 recuou praticamente estagnado, com um avanço irrisório de 0,01%. Já o Nasdaq ganhou 0,67%.
Porém, o analista Patrick O'Hare temperou este desempenho, ao afirmar que a trajetória do Nasdaq "é um pouco enganadora", uma vez que "é devida ao vigor das capitalizações gigantes" do setor.
Com efeito, os ganhos de Apple (+1,48%), Microsoft (+1,92%), Amazon (+1,84%), Nvidia (+2,95%), Meta (+2,20%) e Alphabet (+2,52%), que pesam cerca de 40% do índice, puxaram os outros 94 valores do Nasdaq, o que permitiu ao conjunto fechar com um ganho coletivo.
Desde há muito considerados títulos de risco, estas empresas tecnológicas têm agora o papel de valor refúgio, perante o aumento da volatilidade e o domínio da incerteza.
Entre estes títulos, o Nvidia recebeu um forte impulso por parte do Goldman Sachs, cujos analistas inscreveram o grande vencedor da revolução IA (inteligência Artificial) na sua lista de ações recomendadas para a compra.
Mas o ambiente continuou turvo em Wall Street, devido aos rendimentos obrigacionistas, que não mostram sinais de acalmia, depois de semanas de sobreaquecimento.
"O rendimento dos empréstimos do Estado [dos EUA] a 10 anos é o indicador mais seguido nos mercados no mundo" neste momento, resumiram, em nota analítica, os economistas da Convera.
Este rendimento foi propulsionado até aos 4,70% na segunda-feira, nível inédito desde há quase 16 anos.
"Muitos investidores consideram que o mercado baixou muito", adiantou Patrick O'Hare, "e pode continuar assim durante algum tempo. As pessoas esperam um sinal para a recuperação, que seria um refluxo dos rendimentos obrigacionistas".
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