Na tarde de hoje, decorreu uma reunião sobre segurança nacional na presença dos ministros da Defesa, Negócios Estrangeiros, Interior, e ainda do chefe de estado-maior das Forças Armadas.
"Devido ao trabalho das nossas forças de segurança, foi estabelecido que os dois terroristas vieram da Síria e foram aí formados", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que em 1984 iniciou uma rebelião armada contra o Governo de Ancara, reivindicou o ataque de domingo contra a sede do Ministério do Interior turco.
Um dos dois atacantes fez-se explodir e o outro foi abatido antes de conseguir entrar no recinto do ministério.
"A partir de agora, todas as infraestruturas e as instalações, designadamente energéticas, que pertencem ao PKK ou às YPG [Unidades de Proteção Popular, as forças curdas sírias] no Iraque e na Síria constituem alvos legítimos para as nossas forças de segurança", afirmou Fidan.
"Aconselho as partes terceiras a manterem-se à distância dos locais e das pessoas filiadas no PKK e nas YPG", acrescentou.
Ancara qualifica as YPG -- apoiadas pelos Estados Unidos no combate aos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico (EI) -- de "terroristas" e consideram-nas uma extensão do PKK, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e aliados ocidentais.
O Exército turco diz ter atingido desde domingo 36 posições de combatentes curdos turcos do PKK no norte do Iraque, onde possuem bases recuadas.
O ministro da Defesa iraquiano, Thabet al-Abbassi, desloca-se na quinta-feira a Ancara para um encontro com o seu homólogo turco Yasar Guler, indicou a agência noticiosa estatal Anadolu.
As declarações de Fidan podem significar uma próxima intensificação dos ataques da Turquia na Síria.
Ancara efetua com regularidade ataques de 'drones' nas zonas controladas pela administração autónoma curda na Síria.
Entre 2016 e 2019 a Turquia efetuou três operações de envergadura no norte da Síria contra as forças e organizações curdas.
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