"Estou chocada com os relatos de um ataque russo que, há pouco tempo, destruiu a aldeia de Hroza, na região de Kharkiv, matando dezenas de civis. As imagens que chegam da localidade onde vivem pouco mais de 300 pessoas são absolutamente horríveis", disse a coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, num comunicado hoje divulgado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou hoje um ataque com 'rockets' russos contra uma loja de uma aldeia no leste da Ucrânia, afirmando que matou pelo menos 49 civis e foi um dos ataques mais mortíferos dos últimos meses.
No documento, Denise Brown lamentou, em nome da ONU e da comunidade humanitária, que o povo ucraniano tenha tido de "testemunhar hoje, mais uma vez, outra consequência bárbara da invasão russa".
A responsável diplomática assinalou que dirigir um ataque contra civis ou objetos civis constitui um crime de guerra, bem como lançar intencionalmente um ataque com potencial desproporcionado.
Zelensky, que está em Granada, Espanha, numa cimeira com cerca de 50 líderes europeus que visa angariar apoio para o país em guerra, classificou o ataque como um "crime russo comprovadamente brutal" e "um ato de terrorismo completamente deliberado".
O Presidente ucraniano instou os aliados ocidentais a ajudarem a fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia, alegando que "o terror russo tem de ser travado".
"Agora estamos a falar com os líderes europeus, em particular, sobre o reforço da nossa defesa aérea, o fortalecimento dos nossos soldados, a proteção do nosso país contra o terrorismo. E responderemos aos terroristas", acrescentou.
"O mais importante para nós, especialmente antes do inverno, é fortalecer a defesa aérea, e já existe uma base para novos acordos com parceiros", disse Zelensky, num comunicado publicado no canal de mensagens Telegram.
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