Arábia Saudita pede fim imediato de escalada entre palestinianos e Israel
A Arábia Saudita apelou hoje ao "fim imediato" da escalada "sem precedentes" entre a Palestina e Israel, na sequência da ofensiva surpresa do grupo islâmico Hamas contra Israel e dos bombardeamentos retaliatórios israelitas contra a Faixa de Gaza.
© Amir Levy/Getty Images
Mundo Israel
"A Arábia Saudita está a acompanhar de perto a escalada sem precedentes entre as fações palestinianas e as forças de ocupação israelitas, que resultou num aumento da violência", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita, num comunicado.
"O reino pede contenção de ambos os lados, apela à cessação imediata da escalada e à proteção dos civis", acrescentou.
Israel declarou estado de guerra e bombardeou pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza no início da sua operação "Espadas de Ferro", em resposta ao múltiplo ataque surpresa que a milícia palestiniana lançou esta manhã contra o território israelita.
Segundo fontes israelitas e palestinianas, pelo menos 22 pessoas morreram em Israel devido aos múltiplos ataques do Hamas, enquanto pelo menos uma dúzia de palestinianos morreram em Gaza devido aos bombardeamentos de retaliação israelitas.
A Arábia Saudita tem imposto como condição a Israel a criação de um Estado Palestiniano nos territórios ocupados por aquele país em 1967 e lembrou "que alertou repetidamente para os perigos de a situação explodir devido à continuidade da ocupação e aos repetidos ataques e provocações israelitas", acrescentou na nota.
Pediu também que "a comunidade internacional assuma as suas responsabilidades e trabalhe para relançar um processo de paz credível que conduza ao estabelecimento de dois Estados (Palestina e Israel) para estabelecer a paz na região" do Médio Oriente.
Após os ataques, o primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas e que vai vencer essa guerra.
As milícias de Gaza continuam a lançar foguetes e as sirenes de ataque aéreo não pararam de soar durante toda a manhã nas cidades do sul e centro de Israel, incluindo Telavive e Jerusalém.
Em Jerusalém, os civis deixaram as ruas desertas, muitos deles abrigaram-se em "bunkers", enquanto numerosas tropas patrulham e inspecionam minuciosamente as ruas, parques e estacionamentos de centros comerciais.
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