O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), já tinha indicado que convocaria "uma reunião de emergência da organização" para tratar da situação em Israel e na Faixa de Gaza.
"Na sua qualidade de presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil vai convocar uma reunião de emergência do órgão", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro, num comunicado oficial, citado pela agência Efe.
Israel declarou hoje o estado de guerra após as milícias palestinianas de Gaza, lideradas pelo movimento islâmico Hamas, terem desencadeado uma operação surpresa sem precedentes, com o lançamento de mais de mil foguetes e infiltrações em território israelita.
Fonte médicas citadas pela agência Efe dão conta de que mais de 100 pessoas morreram em Israel no ataque lançado pelo Hamas a partir de Gaza, e que também causou mais de 900 feridos.
Entretanto, pelo menos 198 pessoas morreram e mais de 1.600 ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
A par de outras nações, o Governo brasileiro condenou os "bombardeamentos e ataques terrestres" e disse que "não há justificação para recorrer à violência, especialmente contra civis".
Neste sentido, instou as partes a "exercerem a máxima contenção, a fim de evitar uma nova escalada" do conflito.
"O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30.º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, haja uma grave e crescente deterioração da situação de segurança entre Israel e Palestina", expressou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.
O Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também reiterou o seu compromisso com a solução para o conflito, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Os Estados Unidos da América (EUA) também condenaram os "terríveis ataques perpetrados por terroristas" do movimento islamita Hamas contra Israel.
Numa nota de imprensa, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu que "nunca há justificação para o terrorismo".
"Os Estados Unidos condenam inequivocamente os terríveis ataques perpetrados por terroristas do Hamas contra Israel, incluindo civis e comunidades civis", referiu.
Os EUA solidarizaram-se "com o Governo e o povo de Israel", a quem apresentaram "condolências pelas vidas israelitas perdidas nestes ataques".
"Continuaremos em estreito contacto com os nossos parceiros israelitas. Os Estados Unidos apoiam o direito de Israel a defender-se", concluiu.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
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