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Portugal contra suspensão do apoio da UE aos palestinianos

O Governo português não vê "nenhuma razão para suspender o apoio" à Autoridade Palestiniana, sublinhou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, apontando que grande parte dos palestinianos não se revê nos ataques do Hamas contra Israel.

Portugal contra suspensão do apoio da UE aos palestinianos
Notícias ao Minuto

21:22 - 09/10/23 por Lusa

Mundo Ministério dos Negócios Estrangeiros

"Consideramos que não há nenhuma razão para suspender o apoio à Autoridade Palestiniana. Não estamos a falar do Hamas, não há nenhum apoio da UE ao Hamas", destacou João Gomes Cravinho, em declarações à RTP.

O chefe da diplomacia portuguesa frisou que considerar que todos os palestinianos são "culpados por igual" seria "a melhor forma de radicalizar a população palestiniana".

"Grande parte não se revê nestes ataques do Hamas e temos de fazer essa distinção. Não temos nenhuma vantagem em suspender o apoio à Autoridade Palestiniana", apontou o ministro.

O comissário para a Política de Vizinhança e Alargamento, Oliver Varhelyi, disse hoje que a Comissão Europeia ia suspender a totalidade do apoio prestado aos palestinianos, contradizendo o que a própria Comissão tinha referido pouco antes.

A Comissão Europeia esclareceu depois que vai haver uma revisão profunda da assistência financeira prestada à Palestina, sem incluir a suspensão da ajuda humanitária à população, mas os pagamentos podem ser alterados em função da avaliação feita.

"A Comissão condena inequivocamente o ataque terrorista perpetrado pelo Hamas contra Israel no fim de semana. Na sequência destes acontecimentos, a Comissão vai lançar hoje uma revisão urgente da assistência da União Europeia [UE] para a Palestina", refere um comunicado divulgado ao início da noite de hoje.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países da União Europeia (UE) vão reunir-se de emergência esta terça-feira por causa do agravamento do conflito israelo-palestiniano.

João Gomes Cravinho indicou ainda que irá participar nesta reunião, onde o tema do apoio da UE aos palestinianos será um dos assuntos em discussão.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza -- incluindo dezenas de menores e mulheres -- o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.

Leia Também: Portugal condena "firmemente" ataque do Hamas contra Israel

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