O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) e os procuradores da região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, anunciaram, esta quarta-feira, que acusaram dois irmãos ucranianos de terem ajudado as tropas russas a levar a cabo um ataque com mísseis na localidade de Hroza, que matou 55 pessoas.
Os irmãos, Volodymyr e Dmytro, de 30 e 23 anos, respetivamente, foram acusados de traição, revela o Financial Times. Decorre agora uma operação para localizar os dois homens, que se acredita que estarão na Rússia.
O ataque em causa ocorreu na passada quinta-feira, 5 de outubro, quando um ataque com ‘rockets’ russos atingiu uma loja e uma mercearia em Hroza. No total, 55 pessoas, incluindo um menino de seis anos, morreram, naquele que foi o ataque mais mortífero deste ano na Ucrânia.
Segundo as autoridades ucranianas, desde o início da invasão russa, já foram abertos cerca de seis mil processos criminais contra cidadãos ucranianos por atividades relacionadas com espionagem para a Rússia.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 17 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Leia Também: Kyiv quer 34 mil milhões de euros para desminar território