A ex-primeira-dama, em prisão domiciliária desde o golpe de Estado de 30 de agosto, deixou o local para se dirigir a Sans-Famille, a prisão de Libreville, na capital.
O procurador-geral do Gabão, André Patrick Roponat, já tinha anunciado, no final de setembro, que Sylvia Bongo enfrentava acusações de branqueamento de capitais, de recebimento de bens roubados, falsificação e uso de falsificação.
Os militares tomaram o poder no Gabão depois de as autoridades eleitorais terem anunciado a vitória de Bongo nas disputadas eleições de 26 de agosto.
Os golpistas - tal como a oposição - afirmaram que as eleições não tinham sido transparentes, credíveis ou inclusivas e acusaram o executivo de governar de forma irresponsável e imprevisível, prejudicando assim a coesão social.
Ali Bongo e vários membros da sua família foram colocados em prisão domiciliária por alta traição contra as instituições do Estado e desvio maciço de fundos públicos, entre outras acusações, embora a junta militar tenha anunciado a libertação do antigo presidente no dia seis, por motivos de saúde.
A família do presidente deposto, que assumiu a presidência após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009, estava no poder desde 1967.
O golpe de Estado no Gabão, país da África subsariana rico em petróleo, foi o segundo em pouco mais de um mês no continente, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, a 26 de julho.
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