James 'Jes' Staley, que foi executivo do JPMorgan Chase durante 30 anos que também CEO do Barclays durante seis, foi proibido de ocupar cargos seniores no setor bancário do Reino Unido por ter omitido das autoridades a sua amizade com o falecido agressor sexual Jeffrey Epstein.

De acordo com o The Guardian, além desta proibição, a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido quer que 'Jes', como é conhecido no país, pague 1,8 milhões de libras - qualquer coisa como 2 milhões de euros - de multa e fique impedido de exercer qualquer tipo de influência significativa no setor financeiro.

"Um CEO precisa ser profissional e dar o exemplo aos funcionários da sua empresa. Staley não conseguiu fazer isso", salientou Therese Chambers, diretora executiva adjunta de fiscalização e supervisão de mercado da FCA, num comunicado enviado às redações inglesas esta quinta-feira e citado pelo The Guardian.

Na mesma nota, a responsável realça que James Staley não deve ocupar "nenhuma posição de topo", uma vez que "não se pode confiar que ele aja com integridade".

De acordo com a imprensa britânica, quando ainda era CEO do Barclays, 'Jes' garantiu, através de uma carta assinada, que não tinha nenhum relacionamento próximo com Epstein. Contudo, os investigadores apanharam várias trocas de e-mails entre ambos, onde James Staley descrevia o magnata norte-americano como um dos seus amigos "mais profundos" e "mais queridos".

James Staley vai agora recorrer da decisão da Autoridade de Conduta Financeira.

Recorde-se que Jeffrey Epstein foi condenado por diversos crimes sexuais em 2008. Em 2019 acabou por se suicidar na prisão onde estava detido, em Nova Iorque, enquanto aguardava um outro julgamento por abuso sexual de menores.

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