"A partir de amanhã (sexta-feira), o Governo dos Estados Unidos organizará voos 'charter' para fornecer transporte aos seus cidadãos desde Israel para destinos na Europa", anunciou John Kirby, um dos porta-vozes da Casa Branca, durante uma conferência de imprensa.
Kirby não forneceu informações sobre os destinos específicos na Europa desses voos.
O porta-voz também não entrou em detalhes sobre as medidas que o Governo norte-americano está a tomar para retirar cidadãos com passaportes norte-americanos e palestinianos que se encontram em Gaza, cujo acesso está bloqueado quer na fronteira com Israel, quer desde o Egito.
Até agora, Washington tinha encorajado os seus cidadãos a deixar Israel utilizando as rotas comerciais limitadas que ainda existem, especialmente para outros países, uma vez que os voos diretos de Israel para os Estados Unidos são escassos.
Ao contrário de outros Governos, os Estados Unidos não tinham lançado nenhum voo de repatriamento de Israel até agora, apesar dos vários cancelamentos de rotas comerciais.
As principais companhias aéreas da América do Norte - Delta, United, Air Canada e American Airlines - já suspenderam os seus voos para Tel Aviv, pelo menos até ao final de outubro.
Dezenas de países da Europa e da América, como Alemanha, Espanha, Dinamarca, França, Portugal, Canadá e México, já enviaram ou enviarão voos oficiais para retirar os seus cidadãos de Israel.
Esta nova guerra causou mais de 1.300 mortes em Israel e 3.200 feridos devido ao ataque em grande escala do Hamas, enquanto os bombardeamentos retaliatórios da aviação israelita mataram pelo menos 1.400 pessoas e deixaram mais de 6.000 feridos em Gaza.
Kirby explicou que o número de norte-americanos mortos em Israel aumentou de 25 para 27, enquanto 14 cidadãos nacionais estão desaparecidos.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou na segunda-feira que cidadãos norte-americanos foram feitos reféns pelo Hamas, mas não indicou o número certo de sequestrados.
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