Biden falou em videochamada com os familiares dos 14 americanos ainda desaparecidos na guerra Israel-Hamas, incluindo alguns que se acredita estarem reféns do movimento islamita Hamas, disse a Casa Branca.
O Presidente foi acompanhado pelo Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan; o Enviado Presidencial Especial para Assuntos de Reféns, Roger Carstens; o Subsecretário de Estado da Gestão, John Bass; e Brett McGurk, coordenador do Conselho de Segurança Nacional para o Médio Oriente, segundo Washington.
A chamada, feita através do Zoom, durou mais de uma hora, disseram dois participantes.
Israel estimou que 150 pessoas foram feitas reféns em Gaza, durante o ataque do Hamas no sábado. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, confirmou na quinta-feira que o número de reféns americanos seja menos que cinco.
"Eles têm que saber que o Presidente dos Estados Unidos da América se preocupa profundamente com eles, profundamente. Temos que comunicar ao mundo que isto é crítico. Isto nem sequer é comportamento humano. É pura barbárie, e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para trazê-los para casa -- se pudermos encontrá-los", disse Biden antes da chamada, numa entrevista ao "60 Minutos" da CBS.
Após a chamada o Presidente irá viajar para a Filadélfia, para visitar um terminal marítimo e discursar sobre o plano económico da administração.
Biden e várias altas autoridades dos EUA frisaram fazer todo os possíveis para resgatar os reféns americanos.
"Estamos a fazer todos os possíveis para assegurar a libertação dos reféns, com a estreita colaboração dos os nossos parceiros israelitas", disse o Secretário de Estado, Antony Blinken, durante a sua viagem a Israel na quinta-feira.
Steve Gillen, o vice-representante especial do Departamento de Estado para assuntos de reféns, acompanhou Blinken na sua visita a Israel, participou nas reuniões com as famílias dos reféns "e irá permanecer aqui para apoiar os eforços para libertar os seus entes queridos", afirmou o Secretário de Estado.
Durante uma breve visita a Israel hoje o Secretário de Defesa, Lloyd Austin, foi questionado sobre como Israel poderá derrotar o Hamas sem matar civis e reféns.
Austin respondeu que deixaria para Israel informar sobre as suas operações e abordagem, reiterando que o país tem o direito de se defender.
"Tenho todas as expectativas de que será disciplinado", disse, num elogio à liderança e profissionalismo das Forças de Defesa de Israel.
John Kirby não comentou sobre o tipo de inteligência que poderá levar à localização dos reféns "é uma tática comum do Hamas separar os reféns e transportá-los, às vezes, em pequenos grupos", disse.
Kirby acrescentou ainda que todas as opções disponíveis ao país poderão ser usadas na libertação dos reféns "levamos muito a sério as nossas responsabilidades de reunir os americanos retidos no estrangeiro com as suas famílias. No passado negociámos para fazer exatamente isso. E não excluímos nenhuma opção neste momento com os reféns em questão", acrescentou.
Segundo Washington, pelo menos 27 americanos foram mortos desde o início da ofensiva no sábado.
Mais de 1.300 pessoas foram mortas em Israel desde o ataque do movimento islâmico palestino Hamas em 07 de outubro em Gaza.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os 150 reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.
O movimento islamita é classificado como uma organização terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel.
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