Em comunicado difundido pela agência de notícias libanesa ANI, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano anunciou a sua intenção de apresentar queixa contra Israel pela "flagrante agressão, um crime contra a liberdade de expressão, o jornalismo e os direitos humanos" que constitui o ataque contra os jornalistas.
O texto também "responsabiliza Israel pela atual escalada" no sul do Líbano, cenário de vários combates esta semana entre o Hezbollah, organização fundamentalista islâmica, e Israel.
"Se a situação não se resolver, a região poderá explodir, ameaçando a paz e a segurança internacionais", conclui a diplomacia libanesa na nota.
O repórter de imagem da Reuters morreu e outros seis jornalistas ficaram feridos, dois da Reuters, dois da cadeia televisiva árabe Al-Jazeera e dois da agência francesa AFP, num ataque ao qual a agência britânica Reuters pediu uma investigação, sem apontar diretamente Israel como responsável pelo ataque.
No entanto, o primeiro-ministro do Líbano, Nayib Mikati, não teve dúvidas em apontar Israel como responsável direto pelo incidente.
O porta-voz militar do Exército israelita Richard Hecht limitou-se a dar as suas condolências pela morte do repórter de imagem e oferecer apoio aos feridos, indicando que já está em marcha uma investigação, segundo adianta o The Times of Israel, refere a Europa Press.
O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
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