Líbano denuncia Israel ao Conselho de Segurança por morte de jornalista

O Governo do Líbano anunciou hoje que vai apresentar queixa contra Israel no Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo "assassínio deliberado" do jornalista da agência Reuters Issam Abdullah num bombardeamento na sexta-feira entre forças israelitas e o Hezbollah.

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© Getty Images

Lusa
14/10/2023 15:06 ‧ 14/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Em comunicado difundido pela agência de notícias libanesa ANI, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano anunciou a sua intenção de apresentar queixa contra Israel pela "flagrante agressão, um crime contra a liberdade de expressão, o jornalismo e os direitos humanos" que constitui o ataque contra os jornalistas.

O texto também "responsabiliza Israel pela atual escalada" no sul do Líbano, cenário de vários combates esta semana entre o Hezbollah, organização fundamentalista islâmica, e Israel.

"Se a situação não se resolver, a região poderá explodir, ameaçando a paz e a segurança internacionais", conclui a diplomacia libanesa na nota.

O repórter de imagem da Reuters morreu e outros seis jornalistas ficaram feridos, dois da Reuters, dois da cadeia televisiva árabe Al-Jazeera e dois da agência francesa AFP, num ataque ao qual a agência britânica Reuters pediu uma investigação, sem apontar diretamente Israel como responsável pelo ataque.

No entanto, o primeiro-ministro do Líbano, Nayib Mikati, não teve dúvidas em apontar Israel como responsável direto pelo incidente.

O porta-voz militar do Exército israelita Richard Hecht limitou-se a dar as suas condolências pela morte do repórter de imagem e oferecer apoio aos feridos, indicando que já está em marcha uma investigação, segundo adianta o The Times of Israel, refere a Europa Press.

O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

Leia Também: Ramaphosa adverte que evacuação pode ser um "quase genocídio"

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